Festa de Santo Antônio (Macaé/RJ) 2011

domingo, 24 de julho de 2011

História da dança

Olha o que eu encontrei......
No final do texto coloquei a fonte!

A HISTÓRIA DA DANÇA:
  • COMO SURGIU A DANÇA?  

Pela necessidade de o homem pôr para fora suas emoções. Antes de procurar se comunicar com palavras, as pessoas já se expressavam com movimentos corporais. Por isso, a dança é considerada a mais antiga das artes, e talvez a mais completa também, pois quem dança ao mesmo tempo cria um movimento e o expressa através do próprio corpo.  

  • HISTÓRIA DA DANÇA NA IGREJA.
Adorar a Deus com dança é bíblico. A Bíblia recomenda isto (Sl 149:3; 150:4). A escritura dá muitas referências ao uso de dança como uma forma de celebração e de adoração. Davi e Mirian são as maiores referencias. Os hebreus também possuíam a sua dança religiosa, chamada de Kadish, nome este relacionado à palavra em hebraico “kadosh” (sagrado).
A dança a Deus sempre existiu, com seus altos e baixos. A dança fazia parte da expressão religiosa da Igreja Primitiva. Dentre outros, Basílio, bispo de Cesaréia que viveu entre os anos de 344 a 407, escreveu freqüentemente sobre a existência da dança no período do Cristianismo Primitivo. Incluindo uma passagem que sugeria que ritos pagãos – como cerimônias do pôr-do-sol – também eram realizadas na Igreja Católica Primitiva.
No séc. 13, o bispo Gregório Taumaturgo conduzia danças religiosas em cerimônias cristãs, e no séc. 14, o arquibispo de Constantinopla chamado Crisóstomo, dizia gostar muito da dança, e celebrava a descida do Espírito Santo através da dança. Em suas palavras, ele dizia “Vocês dançavam danças modestas; vocês circularam e usaram instrumentos musicais, revelando seus espíritos assim como os instrumentos musicais em que o Espírito Santo toca quando põe sua graça em nossos corações”. Aconselhou os paroquianos a dançarem a glória de Deus, utilizando as danças de Davi como exemplo. Porém, advertiu a que não usassem “movimentos impróprios”, mas gestos decentes.
Na Grécia era dedicada aos deuses. Já Roma foi responsável pela degradação das artes. A dança, nos seus variados tipos, foi levada à Roma pelos etruscos, com seus rituais mágicos, sofrendo posteriores influências dos fenícios, egípcios e finalmente, gregos. Ao mesmo tempo que as autoridades romanas admitiam a ligação da dança e o sagrado, associavam-na a espetáculos de grande barbáries e violência. A dança que a princípio era sinônimo de vida, passa a ser utilizada como forma de profanação da própria vida. Também esteve presente na Idade Média. Os romanos gostavam de festas e orgias, eram considerados carnais e profanos pelo novo poder cristão. Como conseqüência, tudo que lembrasse o corpo passou a ser condenado. A dança, principal forma de comunicação com os deuses profanos, além de seu uso com objetivos cruéis e sádicos, foi por isso condenada por cristãos, líderes políticos e intelectuais. Essa concepção acabou por influenciar sobremaneira todo o seu processo de desenvolvimento e de sua valorização como expressão artística, religiosa e educacional no período da Idade Média (976-1450).
A partir de 1453 começa a idade moderna. O homem torna-se senhor de si e do mundo. As artes, que antes estavam a serviço da igreja, passam para as mãos daqueles que tinham o poder do dinheiro, saem do gueto e da proibição e florescem juntamente com a cultura.
As festas eram sinal de poder, então a dança passa a ser criada com regras, ensaios, etc, para abrigar a suntuosidade das festas. A dança então surge como profissão. Surge o ballet e a sistematização dos movimentos. O corpo, antes livre para expressar as emoções e sentimentos, transformou-se em laboratório para ensaio de gestos previamente criados, ensaiados e reproduzidos. Nesse movimento previsível e organizado, é difícil sentir a presença do sagrado dentro dos corpos.
Alguns anos antes, em 1525, o Cristianismo já não possuía mais nenhum tipo de dança religiosa em suas cerimônias. A Igreja se sobrepunha sobre algumas revoluções intelectuais e artísticas, onde a dança era um dos aspectos negativos, pois era liberação das emoções através do corpo, e era constantemente relacionada às festas nobres da sociedade, vistas como antiéticas pela Igreja.
Mas, no final do século 18 surgiu um grupo de puritanos, chamados shakers, vindos da Inglaterra Eles projetavam danças complexas, onde homens e mulheres se moviam separadamente, eles sacudiam suas mãos para um lado representando receber o Espírito Santo e para outro representando jogar o pecado fora. Os monges Beneditinos: O Irmão Leo em Vermont descobriu o valor da dança na adoração, depois de passar um tempo na Abadia de Dorminition em Jerusalém. Ele estabeleceu a dança em sua comunidade.
A Igreja no século 20 começou a perceber que pode utilizar o corpo todo para conectar-se ao Divino. Começou a ser entendida a importância do corpo como veículo de comunicação e houve grande interesse em reavivar antigas e acrescentar novas expressões de adoração à liturgia. Os primeiros inovadores no campo da dança religiosa neste período foram Ruth St. Denis e Ted Shawn. A primeira dança deste século foi apresentada por eles em 1917, na Igreja Interdenominacional em São Francisco. Eles dançaram em catedrais, igrejas, corredores e teatros. Eram responsáveis por inspirar e treinar dançarinos, grupos religiosos e líderes de igrejas onde quer que fossem. Outra figura importante foi Margareth Fisk Taylor. Ela dirigiu coros rítmicos em Hanover de 1938 a 1950. Seu esforço e dedicação em ensinar em seminários resultaram em livros sobre os usos da dança na adoração.
A década de 80 foi marcada pela nova relação da igreja com os excluídos, como conseqüência surgiu uma expressão litúrgica mais ligada à vida. A década de 90 é marcada por movimentos que buscaram reavivar a liturgia, dando-lhe características dinâmicas, por exemplo, o movimento pentecostal da Igreja Evangélica e o movimento carismático da Igreja católica.
Desde então a dança em adoração a Deus está sendo restaurada. O que na verdade podemos entender que o que esta sendo restaurado é o povo de Deus, pois a dança sempre existiu.



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